Histórias

Crianças excluem menina com autismo de brincadeiras e mãe desabafa: ‘Coração dói, choro muito’

“É uma situação difícil, o coração dói, choro muito com isso, mas não na frente dela”. A pequena Yasmin, de 5 anos, tem autismo de grau severo e gosta muito de brincar na rua com as crianças da vizinhança.

Porém, os colegas de bairro não entendem a condição da menina e têm medo de chegar perto dela. Jescika Nogueira, mãe de Yasmin, fez uma foto mostrando a frustração da filha e desabafou. Ao BHAZ, ela conta que a situação é algo muito difícil de lidar.

Crianças excluem menina com autismo de brincadeiras e mãe desabafa: ‘Coração dói, choro muito’

A história é da cidade de Fortaleza, capital do Ceará, no Nordeste.

Jescika, que abandonou seu emprego para cuidar dos dois filhos, conta que a rotina é sempre a mesma. No fim da tarde, a criança vai para a porta de casa para brincar com os vizinhos. A criança fica animada e aponta para os colegas.

Yasmin é não-verbal, então tenta se comunicar de outras formas. “Ela tenta chegar perto das crianças, mas como não sabe se expressar, não fala, aí as crianças não entendem.

Ela fica muito animada quando vê as crianças, começa a se bater e pular de alegria. As crianças se assustam, não aceitam ela por perto e minha filha começa a chorar”, conta.

Em um dia mais extremo, um grupo de crianças chegou a jogar álcool na menina. “Eles chegaram perto da janela, acharam que ela era estranha e fizeram essa maldade.

Ela veio correndo e chorando, falando que as mãozinhas dela estavam ardendo. Fico sem entender o motivo disso, me entristece”, desabafa.

Na escola é diferente: Yasmin está em uma turma regular e tem o apoio da professora. “Lá ela conseguiu se enturmar, muito por empenho da professora, que explicou a situação dela e fez as crianças entenderem tudo”, relata a mãe da menina.

Outro filho também tem autismo

Além de Yasmin, Jescika também é mãe do pequeno Lucas, que também tem autismo, mas com um grau mais leve. “Descobri o dele há pouco tempo e já iniciamos o tratamento. Os dois têm todo o acompanhamento médico e psicológico, sempre procuro o que tem de melhor”, explica.

O medo da mãe é do filho passar pelo mesmo que a irmã. “Tenho muito receio, não quero isso para ele também.

Eu me sinto frustrada. É difícil, como mãe, ver minha filha querendo se enturmar, socializar com as crianças. É uma situação difícil, o coração dói, choro muito com isso, mas não na frente dela”.

Para os pais de crianças com autismo, ela deixa um conselho. “Os pais precisam se jogar no mundo da criança, abrir mão de tudo para a felicidade deles.

É importante aceitá-los como eles são e fazer o que for preciso pelos filhos, para que não tenham uma frustração ainda maior. O tratamento precoce também é importante, quando antes começar, melhor”, completa.

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